terça-feira, 4 de outubro de 2011

Flor da Pele



Onde se localiza minha usina de poemas?
No coração, na fibra ótica, pulmão?
Nas mitocôndrias, alvéolos, nucléolos?
Nos glóbulos vermelhos, brancos?
RNA, DNA, útero, vísceras, será?

Onde é que essa fábrica foi parar?

Em que parte do corpo habita a Arte?

Onde se articulam os versos,
os sentidos inversos,
sentimentos complexos?

Num pedaço de carne que arde.
Arde, arde: doído, endoidecido

E cedo ou tarde,
queima.

Quem ama, teima.
E te ama.

Navega e voa
....na veia.

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